RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES

Forum de opinião e debate da vida quotidiana da Ribeira

Name:
Location: Ponte de LIma, Viana do Castelo, Portugal

Saturday, May 31, 2008

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - Contributo para o seu conhecimento histórico



CAPELA DE Nª Sª DA ABADIA, em fonte Coberta, no lugar da Ermida, sopé do monte do Castelo, limite da freguesia com Serdedelo.
Em 1656, Gaspar Pereira, fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor do Couto de Mazarefes e das Terras de Paradela e Crasto, fez doação de doze medidas, metade para cada uma das capelas que possuía nas suas propriedades da Ribeira (Sª da Abadia e Sta. Tecla)
Ainda hoje esta capela ostenta na fachada principal o Brasão da “Família Pereira”.
Impostas em metade do Campo do Boalhoso, para nelas se poder continuar a celebrar missa e ofícios divinos. (1)
Em 1788 (Tombo) era seu administrador, Fradique Lopes de Azevedo, padroeiro da igreja da Ribeira.
No Inquérito Paroquial de 1845, diz-se que é sustentada com esmolas dos devotos, embora o Pároco afirme que lhe consta ser ela de Francisco Lopes de Azevedo Velho, estando segura e decente, pois tinha sido reedificada há poucos anos.
Actualmente pertence à paróquia, que aí celebra uma romaria no mês de Agosto.
O actual Pároco da freguesia, o Revº pároco Eugénio, procedeu a obras de restauro da capela.

Labels: , , ,

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - Contributo para o seu conhecimento histórico


CAPELA DE S. FRANCISCO, na Quinta da Garrida, em Talharezes.
Em 1739, Francisco Alves da Silva, deixou em Testamento um vinculo para edificar uma Capela, nomeando seu primeiro administrador, o filho menor António José, com apenas 14 anos, e como testamenteiro o seu cunhado Bernardo Malheiro Pereira, doando-lhe para fábrica quarenta alqueires de pão impostos no campo da Pena, com suas uveiras e devesa, com o encargo de duas missas quotidianas. (1)
Esta Capela apresenta na fachada a data de 1740.
Nas memórias Paroquiais de 1758, era seu proprietário António Jozé da Silva e Mello.
Em 1788 (Tombo) pertencia à viúva D. Maria Micaela da Gama Araújo e Azevedo, como tutora de seu filho mais velho António de Melo da Gama, a quem pertencia ainda em 1845, segundo o inquérito paroquial desse ano, aparecendo referenciada como sendo da Senhora da Lapa.
Ainda segundo o mesmo inquérito, estava segura e decente, com bons paramentos e um bom património de raiz, com legado de missas todos os domingos e dias festivos, que sempre se tem cumprido, embora não se saiba quando terminou esta prática.
Em conversas com pessoas idosas do lugar, ainda era feita referencia, pelos seus pais, a procissões que se faziam a esta capela, a pedir chuva em anos de seca severa.
Actualmente a propriedade, encontra-se na posse dos caseiros, encontrando-se a Capela profanada e em mau estado de conservação.

(1) Arquivo Distrital de Braga


Labels: , , ,

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - Contributo para o seu conhecimento histórico

CAPELA DO SENHOR DA CRUZ DE PEDRA, capela pública, em Crasto, não consegui muita informação sobre a mesma, no entanto, no inquérito paroquial de 1845, é referida a existência desta capela com Irmandade por conta da qual corre a sua fábrica.
Como não é feita qualquer referência a esta capela nas Memórias Paroquiais de 1758, tudo leva a crer que a sua construção é posterior às mesmas.
Por isso não é muito antiga.
Em 1985, foram feitas obras de restauro das paredes, exteriores e interiores, onde foi colocada uma imagem do Senhor da Cruz de Pedra em granito, numa das paredes laterais.
Sobre esta capela, que é nos dias de hoje, a par com a igreja paroquial uma das mais importantes da freguesia, voltarei a ela logo que conclua as pesquisas que estou a fazer sobre a mesma.



Labels: , , ,

Thursday, May 29, 2008

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - contributo para o seu conhecimento histórico




CAPELA DE JESUS, MARIA E JOSÉ, em Crasto, fundada em 1737 pelo Padre Francisco da Costa Faria, natural de Ponte de Lima, pároco de Sta Leocádia de Geraz do Lima, que mandou construir na sua propriedade, em S. João da Ribeira (Quinta de S.José ou da Portela), uma Capela com 43x42pals. De dimensão,"bem feita e decente", tendo nas paredes laterais duas frestas, deveria apresentar obra de pedraria feita "com primor de arte". Ao mesmo tempo, "com muita decência a composição do Altar, com seo retábulo dourado". As imagens de S. Domingos e S. Francisco, "com muita decência e ao moderno e perfeitamente estufadas".
Nas Memórias Paroquiais de 1758, chamava-se da Nossa Senhora do Desterro e pertencia ao Dr. José Galban de Faria e em 1788 à sua filha.
Em 1845, era proprietário o padre José Maria Rodrigues, apresentando-se a mesma só com as paredes em pé.
Esta propriedade, incluindo a capela foi mais tarde pertença de João Marcos de Sá, (senhor da casa do Paço de Beiral do Lima) e Joaquim Guedes, foi vendida a António Leite de Macedo, funcionário da Fazenda pública, natural de Figueira de Castelo Rodrigo.
Em 22 de Outubro de 1907, a Quinta de S. José ou da Portela, foi adquirida por António José de Araújo, encontrando-se a propriedade na posse da família "Curinheira" desde essa data.
A Capela está em ruínas, só com a fachada e paredes em pé.


(1) Arquivo Distrital de Braga

Labels: , , ,

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - Contributo para o seu conhecimento histórico





CAPELA DE Nª Sª DO BOM SUCESSO, situada ao fundo da Quinta de Crasto, mais tarde designada de Quinta do Bom Sucesso, virada para o Rio Lima, de D. Páscoa de Barros, onde, em 1704, viviam Francisco Pereira Brandão Vaz Campelos e sua mulher D. Maria Barbosa e Faria, os quais tinham licença para fazer às portas da sua Quinta uma capela, tendo obrigado o Campo da Carreira, que pagava 30 Alqueires, para sustento da mesma. (1)
Nas Memórias Paroquiais de 1758,esta Capela e quinta pertenciam a Álvaro Barbosa e Aborim, da Cidade de Braga.
No Inquérito Paroquial de 1845, era pertença de D. Maria José Barbosa, da cidade de Braga, e estava segura de paredes, mas não muito decente.
Mais tarde, já no SEC.XX, pertenceu também ao poeta Dr. António Vieira Lisboa.
Os santos ai existentes foram retirados, encontrando-se a imagem de Nª Sª do Bom Sucesso, na Capela da Cruz de Pedra, onde é venerada.
Actualmente, a capela e Quinta é propriedade de Avelino pereira de Barros e Herdeiros de Júlio Alves, comerciantes em Ponte de Lima, foi profanada, encontrando-se em avançado estado de degradação.



(1) Arquivo Distrital de Braga

Labels: , , ,

Tuesday, May 27, 2008

AS CAPELAS DA FREGUESIA DA RIBEIRA - contributo para o seu conhecimento histórico


CAPELA DE S. JOSÉ, ligada à casa dos da Garrida, situada na rua do Arrabalde de S. João de Fora, no termo da freguesia, lugar de Crasto.
Esta capela foi construída por José Azevedo Pereira Pinto, em 1747.
Segundo as memórias Paroquiais de 1758 e no Tombo de 1788, onde se diz que era seu proprietário José de Azevedo, e hoje é de D. Maria Micaela, na qualidade de tutora de seu filho António de Melo, que ainda era seu administrador em 1845, segundo um inquérito paroquial.
Mais tarde a casa e capela pertenceu ao Juiz Conselheiro Pinto Osório e posteriormente à família do poeta António Vieira Lisboa.
As paredes desta capela eram revestidas a azulejos, que retratavam a vida de S. José, o pai adoptivo de Jesus Cristo.
Esses painéis de azulejo mantiveram-se na capela até meados do Sec.XX.
Foi retirado por estranhos após a morte do seu proprietário o poeta António da Silva Gouveia Vieira Lisboa, falecido em 1968, principalmente no período em que a casa esteve abandonada.
Em 24 de Fevereiro de 1970, a propriedade, incluindo a casa e capela foi adquirida pelo Sr. Manuel Gonçalves, morador no lugar de Compostela, freguesia de Requião, concelho de Vila Nova de Famalicão, com o intuito de transferir o imóvel para uma sua propriedade, que possuía no referido concelho de Famalicão.
A Câmara municipal de Ponte de Lima, presidida pelo Dr. Álvaro Rebelo Vieira de Araújo, opôs-se à pretensão do industrial e pediu a declaração de interesse público para o imóvel a qual foi concedida em 21 de Fevereiro de 1973.
O edifício, já em avançado estado de ruína, foi adquirido pela Câmara Municipal de Ponte de Lima, no dia 26 de Dezembro de 1978, para que no mesmo fosse instalado um museu e Centro de Cultura.
O Município cedeu o imóvel ao Dr. Salvato Trigo, que procedeu a obras de restauro e ampliação, para que aí fosse instalado um pólo da Universidade Fernando Pessoa.
A capela ainda hoje existe, tendo sido recuperada durante as obras a que a casa foi sujeita para instalar o Pólo de Ponte de Lima da Universidade Fernando Pessoa.

Labels: , , , ,

Sunday, May 25, 2008

TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA

O Poeta António Vieira Lisboa


NEM QUERES VER-ME



Nem queres ver-me…
e tenho pena, muita pena. É ainda cedo
Para acabar.

Se tu quizesses ver-me!

Mas é de Ti que vem o mêdo
Ou foi por quanto Te disseram?

Pois todas Essas que julguei gostar
ou talvez gostasse
nunca souberam
a si prender-me.

Talvez ficasse numa… e às outras não chegasse,
!?mas todas Elas que fizeram
para reter-me?!

Apenas se deixaram que as amasse…

Todo o esforço
para fixar num ponto a Vida foi só meu.
Nenhuma poude ou quis
saber o que por cada uma fiz.
E o Amor em que me estorço
nunca a nenhuma me prendeu.

E Tu nem queres ver-me!...
Foges-me… e era eu que devia fugir-Te.

Tudo me leva a repelir-Te
Antes que o coração sensível
se tome de alvoroço.
…!Ai mas quero uma vez mais perder-me
do que perder um vago esbôço
de Amor possível!...


António Vieira Lisboa, Poemas de Amor e Dúvida, Livraria Portugália Lisboa

Labels: ,

NOTICIAS DE ANDORRA - Portugueses de Andorra elegeram o seu representante

Eis uma noticia que não podia de deixar de divulgar a todos os Ribeirenses, trata-se da participação de uma conterranea nossa, Sofia Armada, que acompanha na candidatura o representante eleito da Comuninade Portuguesa de Andorra, para o Conselho das Comunidades Portuguesas-CCP.
Eis um bom exemplo da participação politica dos Portugueses a viver na Diáspora.
Parabens!


Comunidade
Portugueses de Andorra elegeram o seu representante

Por José Luís

Divulgação

ELEITOS >> O novo conselheiro eleito é José Manuel da Silva, empresário português em Andorra e Sofia Martins Armada, natural da Ribeira, Ponte de Lima.

A comunidade portuguesa em Andorra elegeu o seu novo representante ao Conselho das Comunidades Portuguesas – CCP, órgão da consulta do governo português para as políticas de emigração e representativo do movimento associativo da diáspora.

O novo conselheiro eleito é José Manuel da Silva, empresário português em Andorra e natural de Fonte Longa, Carrazeda de Ansiães. Faz ainda parte da candidatura, Sofia Martins Armada, estudante universitária, natural da Ribeira, Ponte de Lima.

Ambos sucedem a José Luis Carvalho, empregado bancário, natural de Vila Praia de Âncora, que desempenhou o cargo durante 5 anos.

As eleições decorreram na Embaixada de Portugal, no passado Domingo, das 8h às 19h, momento após o qual foi encerrada a secção de voto para apuramento dos resultados, tendo a única candidatura apresentada por José Manuel e Sofia Martins, obtido 133 votos.

Após o apuramento, o novo Conselheiro e a suplente, fizeram entrega ao Ex-Conselheiro de uma placa em agradecimento ao trabalho desenvolvido em prol dos portugueses no Principado.

Seguiu-se um lanche convívio oferecido pelo Conselheiro José Manuel da Silva tendo convidado vários membros da comunidade portuguesa e movimento associativo num ambiente de confraternização e de suporte aos novos representantes dos portugueses em Andorra.

Este mandato do CCP está integrado por 73 conselheiros eleitos, distribuídos pela diáspora portuguesa no mundo inteiro.


Noticia publicada pelo Mundo Lusiada on Line

Labels: , ,

OS LIMITES DA FREGUESIA DA RIBEIRA, NO SEC.XVI

Marco existente na Rua do Arrabalde/Limite com Ponte de Lima




Apresentei a delimitação da freguesia no Sec XI, agora, passo a descrever em resumo os limites da freguesia da Ribeira, segundo o Tombo de 1788, que é uma Cópia do Tombo Velho de 1585.
Assim, diz-se que os limites da freguesia começavam a partir pela foz do Ribeiro de Mirancelho, onde se mete no Rio Lima.
Com a mudança da capela de S. João, existente na torre da muralha (onde está actualmente a fonte de S.João, no largo do mesmo nome em Ponte de Lima), após a demolição da referida torre e muralha, a capela foi transferida para o actual local, havendo necessidade de mudar a foz do referido ribeiro mais para montante e com isso, os limites da freguesia sofreram um recuo, indo o ribeiro pela ponte do Collumbeiro.
Assim os limites, começam … na testada do campo do Giestal… face ao nascente pela parede do campo do Giestal e da Quingosta de Mirancelho, pelo qual vinha o dito Ribeiro… daí ao marco que está dentro da Quinta dos Leitões… daí a um marco grande com as letras “S.João”, junto à estrada… e daí em direitura ao Sul pelo primeiro tabuleiro das casas que possui a viúva da Garrida ficando dentro dos limites desta freguesia metade do mesmo tabuleiro e a porta mística à varanda que vai dar à capela desta casa e daí vai sair ao quintal… principiando-se a medir na parede das traseiras dessa casa… pelas escadinhas que sobem para o quintal e pela carreira dela dar a uma capelinha que está no meio do quintal, ficando a dita capelinha já nos limites da vila… e daí vai por entre uma devesa dar à estrada ou caminho publico que vem da Porta de Braga dar à Ponte de Crasto… onde havia um marco… daí ao portal da casa dos caseiros da Quinta do Olho marinho (Marco).
Limites com S. Bento de Arca: Vai pela Devesa Nova… daí à Devesa Terrestre dos Leitões (marco) … vai ao caminho público que vem do Cruzeiro (Casas dos Couros) para a Ponte de Crasto… à Eira da Aboboreira… ao Ribeiro que vem da Ponte dos Alfanados para a Ponte de Crasto… e vai dar ao Rio de Baixo ou do Regedouro… à cancela dos moinhos da Ponte dos Alfanados à Fonte dos Alfanados e daí corta pelo meio do monte acima (Monte dos Carreiros) … vai dar ao Teso (alto) da Chão dos Carreiros ao pé duma cova que o mesmo Teso tem no meio, onde se diz que aí foi encontrada uma Mámua com elevado valor… do dito marco do Teso… em linha direita ao outro montinho de terra (Mamoa) com uma cova no meio que hoje tratam pelo Coto de Montilhão, sitio da Pedrinha Erguida… seguindo pelo meio do monte da Gandra Longa acima dar a outro montículo de terra com uma cova no meio (Mamoa) … daí em direitura a um outeirinho que tem no meio uma cova (Mamoa) que lhe fica em pouca distancia para a parte do poente a Devesa chamada Mixido finalizando com S. Bento.
Limites com Fornelos: Da devesa do Mixido a um Penedo raso quase ao nível da Terra… daí corta acima águas vertentes, para os Campos das Estivadas vai dar à Fonte de Aldotes… a qual fonte é subterrânea vai ao Ribeiro das Estivadas (marco) parte em direitura a nascente pelo Monte de Lousado acima… topa a tomada de Pena Fita (marco), hoje conhecido pelo Marco do Moinho de Vento.
Limites com Serdedelo: Do Marco do Moinho de Vento ao marco de Cotelainha… Fervenças … Poça do Azebral… Ribadal… Campo da Cabra… Boca… Ribeiro da Boca… Campo do Berdial… Campo de Chouselas… Vessada… Carreiros… Casal da Granja… Fonte Coberta… Marco dos Arieiros… ao Penedo Rachado, no Alto do Monte.
Limites com Gondufe: Monte da Gandarela em direcção ao poente pelo meio do monte abaixo vai dar aonde nasce o Ribeiro de Vinhó… ao Poço de Lourido findando no Pigeiro de Lourido… ao Rego da Valinha… Vinha dos Espinheiros (marco posto em uma vinha chamada Cima de Vila, quase encostado ao cumareiro que topa pelo norte o Campo e Vinha do Espinheiro) … e do marco … da Vinha de Cima de Vila… vai ao Campo de Soutelinho… Cachadinhas… Ribeiral… e Quingosta do Ferral daí ao norte pelo Ribeiro do Grilo vai à estrada de Ponte de Lima… e daí sempre pelo mesmo Ribeiro vai ao rio Lima.




Marco existente no Alto da Sardinha/Limite com Fornelos

Labels: , ,

Saturday, May 24, 2008

OS LIMITES DA FREGUESIA DA RIBEIRA NO SÉC. XI



A Ribeira é uma terra com mais Mil Anos de história colectiva, que deveria fazer desta comunidade, uma das relíquias da civilização limiana.
Da freguesia da Ribeira, surgem referencias sendo citada no Ano de 985, quando Tello Alvites e sua mulher, fazem doação ao mosteiro da Antealtares, na Galiza, de uma vila denominada Paradela, com a igreja de devoção de S. Salvador, a qual já lhes pertencia desde o tempo de seus avós, bem como a igreja de S.João, junto ao Rio Lima, (Igreja Paroquial da Ribeira).
Doação que foi renovada em 1063, em carta de Couto dada pelo Rei D. Fernando Magno e sua mulher Dª Sancha; Nela se indicam os limites da dita vila.
Que para conhecimento geral, se transcreve:

Pró illa pariete de Nasseyros, que dividit inter Vega de Castro et illa Garganta de
Limie e inde (e daí) in directo ad illa Arca que stat inter Bouza de Comité (Bouça do Conde) et Castro et inde pró illa Cerro de Arqua que stat inter Paradela et Arca et inde per Gandara Longa ad ipsom mamolam (Mamoa) cum ipsa ante at inde ad Lamas et inde per Recosende ad illa marco quad stat juste Verede que dividit inter Vite (Vide) et Villar de Cerecetello (Serdedelo) et inde ad illa Patrone (Marco/Padrão) quad stat super illa Fervita (Fervença) inter Vilar et Cerecetello et inter pró illa Pariete (parede) inter Bouza Calcin et Cernato (Sernado) et inde ad Bouza Monrelli et inde Vello Valle Sursum indirecto ad illa Fonte et inde a Fonte Coberta et inde per Barrosa et inde Petra superta posi (pedra sobre-posta/Dólmen) et inde per Castro Suberoso (castro Sobroso/castelo Ermida) et inde ad illa Vallo antiqua de Viniola et inde per Currellos et inde ad Fontanellas (fontelas) et inde Petra Ficta (pedra fita/marco) que stat inter Taliarases et Paratela et inde ad illa monte de Spinetello (espindelo) et inde in promopro ipso lombo ad arelia (pelo lombo até à areia) que stat inter Sancto Johane et Insuelle (S.João e insuela) et inde per illa vallo antiquo que vadit per loginas pró ad aqua Limie et inde trans Limie (atravessando o rio Lima) sursum per ad petra rotata et inde per fonte de varalia (borralho, Refoios) et inde per muracellos de pariete que dividit inter veralia et Vega (veiga) de nasseyros et inde Aqua Limie inde premier levavimes. (onde se começou a demarcação) ”

Labels: , ,

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA

Esta semana decidi dar a conhecer a opinião que foi enviada por dois leitores do blog, de modo a que as pessoas possam reflectir sobre a importância que representa o espaço envolvente da igreja paroquial da Ribeira.
Uma delas, do Arquitecto André Rocha, é merecedora de uma reflexão cuidada por parte das entidades envolvidas naquele local.
A outra, alerta para um pormenor que poderá ser responsável pela descaracterização completa daquela paisagem, trata-se da pretensão da Junta de Freguesia de ampliar o edifício da sede, um projecto que não foi discutido, que ninguém conhece e que se sabe apenas que será colocada mais um piso no edifício, para alem da sua ampliação para o lado poente.
Na Ribeira, não se discutem os projectos e depois, lamenta-se o resultado.
A Junta de Freguesia deveria ouvir os técnicos devidamente habilitados, consultar a população em discussão pública e depois decidir, em vez de fazer as coisas em segredo, consultando apenas os gabinetes dos amigos e decidindo em silencio.


André
De facto o espaço envolvente da igreja está bastante degradado. Toda a envolvente paisagística foi afectada gravemente após a construção da ponte e nós de acesso à auto-estrada. São inúmeras as fotos ou pinturas anteriores a esta construção retratando a igreja e ao fundo o rio a serpentear; uma imagem que tão bem retratava o Minho. A estrada que passa entre os dois templos tinha um carácter mais humano, com aqueles muros de pedra que inevitavelmente foram derrubados e as alminhas deslocadas do seu contexto. Julgo que toda a zona compreendida entre a rotunda e as igrejas merecia uma intervenção que a humanizasse. Considero que aquele parque que envolve a igreja deveria servir melhor a Freguesia da Ribeira. Aproveito por agradecer a atenção depositada no meu trabalho.

May 14, 2008 4:21 PM
Parabéns ao autor do blog por ter colocado o assunto com oportunidade. Defacto a envolvente da Igreja (adro) carece de uma intervenção cuidada de modo a manter-se o local aprazível que mesmo assim ainda é. Não podemos dizer o mesmo quanto á intervenção no edifício da sede da Junta de que se fala. Um projecto feito às escondidas, à pressa, adivinha-se que elaborado por um engenheiro amigo ou com ligações aos membros da junta e por isso os arquitectos ficam apenas para dar a opinião depois da obra e provavelmente dos erros que irão ser cometidos. As fotografias deixaram de retratar aquela paisagem armoniosa que a construção da auto-estrada alterou e terão agora mais um piso, na sede da junta, que não é da junta, porque a junta, decidiu "oferecê-la" ao Município. Dado o interesse seria excelente obter e endereçar á Junta de Freguesia, que provavelmente continuará surda, a opinião do Arqº André Rocha. Aqui fica a minha opinião e o meu convite, se assim e desta forma puder ser entendido. Deixo também a minha admiração por todos quantos se interessam pela Ribeira.

May 18, 2008 3:49 PM

Sem dúvida que o papel do arquitecto e a qualidade do produto final e intervenção fundamentada continua a ser subestimada. Assim, o arquitecto fica-se pela simples opinião e o seu contributo cívico que não é o que de melhor terá para dar. De facto o estado do parque adjacente à igreja impressionou-me pelo seu abandono. Em relação ao projecto de recuperação da Junta não tenho conhecimento. Procurarei emitir a minha opinião fundamentada à Junta de Freguesia de uma forma mais interventiva.

May 20, 2008 5:24 PM

Labels:

Wednesday, May 21, 2008

RECORDAÇÕES EM DIA DE VACA DAS CORDAS

[vcpl01.jpg]
Foto do blog Parar para pensar

No dia em que Ponte de Lima vai ser invadido por uma multidão de gente vinda de todo o lado para correr com a vaca das cordas, recordo que em tempos mais recuados, esta tradição não era o fenómeno a que assistimos nos dias de hoje.

Tal é a sua importância para Ponte de Lima, que o bicho até tem direito a monumento, em local nobre da vila.

No tempo em que os moleiros estavam obrigados a segurar as cordas e conduzi-lo pelas ruas da vila, garantindo desse modo a corrida do animal, a vaca era trazida do alto dos montes do castelo e S. Lourenço, nas freguesias da Ribeira e Gondufe, para onde era recolhido novamente no final da função.

Era presa ás grades da igreja matriz durante o dia para que a rapaziada e demais transeuntes a fossem embravecendo de forma a garantir uma corrida mais espectacular.

Os tempos mudaram, estas obrigações caíram em desuso, e hoje, o animal é adquirido no Ribatejo, por uma Associação, com o poio do município que deste modo contribui para que a tradição não morra.

Neste dia, não posso esquecer duas ou três pessoas, que em dia de Vaca das Cordas, se transformavam em verdadeiros campinos, refiro-me ao “Zé Pilauta”, em tempos mais recuados e mais recentemente, ao “Zé Morais”, o Zé Pequeno, que tanto contribuiu para que a tradição se mantivesse, ajudando o sr. Alcino e que tem sido afastado das luzes da ribalta.

Na verdade ele não era de se chegar à frente para receber louvores ou elogios, mas estava sempre na primeira linha para garantir a tradição ano após ano.

Outra figura era o “Zé Micamé”, que eu admirava na minha infância com a coragem e bravura que demonstrava ao pegar o touro de caras em pleno areal, dando assim um brilho especial à corrida de touros à moda de ponte de Lima.

A todos eles e aos actuais responsáveis pela corrida Ponte de Lima deve uma vénia, pela dedicação e empenho.

Labels: ,

Saturday, May 17, 2008

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA

CRISTO-REI

Construído na década de 60, pelo pároco da freguesia Revº Manuel Joaquim Gomes, o monumento a Cristo-Rei, tem estado a beneficiar de uma melhoria da sua imagem.

Sujeito à acção do tempo, aquele monumento da freguesia da Ribeira, foi acumulando imensos fungos, que lhe deram uma tonalidade diferente da original.

Agora, está a ser sujeito a uma operação de limpeza, devolvendo-lhe o brilho e a tonalidade original do granito da região, com o qual foi construído.

Para solucionar as dificuldades inerentes da sua elevada altura, foi encontrada uma solução que passa pela utilização de uma auto-escada dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, que atenderam prontamente ao pedido do Revº padre Eugénio, fazendo deslocar para o local os meios materiais e respectivos recursos humanos capazes de proceder aos trabalhos em causa.

O resultado destes trabalhos é já visível, verificando-se o contraste existente entre as fachadas já lavadas e as outras.

Estão de parabéns, as várias instituições envolvidas, igreja e Bombeiros, que em parceria conseguiram devolver aquele monumento a dignidade que realmente merece, bem como toda a população da Ribeira, que assim pode orgulhar-se de ver um monumento que representa o espírito e o orgulho colectivo desta paróquia, construído em tempos bem difíceis.

Labels: ,

ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - Poeta (1908-1968)

Se eu morresse amanhã


Se eu morresse amanhã

diria em minha Aldeia todo o povo:

«Uma pessoa assim tão sã

que pena!... Moço tão novo!»


E a boa gente em triste compostura

iria em passo lento e tom funério

Acompanhar-me à sepultura

do velho Cemitério


E o meu vizinho, filho d’Algo e perro

porque faz pó o meu buick lesto

de fraque preto iria ao meu enterro

cheio de si e do seu gesto.


E Aquela que a sorrir me dilacera

e torna a minha Vida quási vã

tinha remorsos do que me fizera

se eu morresse amanhã.


Mas eu morro de velho e à passagem

que todos digam em voz alta:

Feliz viagem.

Já não fazia falta.

Do livro: poemas de Amor e Dúvida, livraria Portugália, Lisboa 1941 (28,29)

Labels:

Saturday, May 10, 2008

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA

Cada vez mais se exige profissionalismo aos executivos das Juntas de Freguesia, para isso lhes foi atribuído um apoio mensal de modo a obviar as despesas inerentes ao tempo dispensado ao exercício das funções.
A Ribeira não é excepção!
Por isso e não só, é dever de cada um dos elementos que o compõe zelar pelo património da freguesia, isso está nas competências das Juntas e Assembleias de freguesia; Ora parece-me que na Ribeira, se uns levam esses assuntos a sério, outros ignoram-nos, basta ver o que se passa em relação ao edifício da Sede da Junta de Freguesia.
Na verdade algo de estranho se está a passar nesta freguesia:
Por um lado, vemos despesas com gasóleo de valores inademissiveis, com aumentos de 160% em relação a 2006;
Ou obras de construção de umas casas de banho de reduzidas dimensões e que custaram 18.000£.
Por outro, vemos a Junta a dar de barato o património que é de todos e a quem está confiada a sua protecção e guarda.
Isto não pode orgulhar a Ribeira e os Ribeirenses.

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE 26/04/2008 - Propriedade do Edifício da sede da Junta

Este mandato da Junta de Freguesia tem sido um verdadeiro “flop”, sem ideias, iniciativas e com um comportamento esquizofrénico em relação à Assembleia.

Teimando em seguir em contra-mão, desviando-se constantemente do interesse colectivo, procurando transformar esta Assembleia num órgão “burrical”, onde a maioria dos seus membros se limita a confirmar as decisões e politicas erráticas que o executivo teima em seguir.

Não é este o caminho que queremos, muito menos o futuro que esperamos para a nossa freguesia.

Mas se dúvidas existissem em relação ao rumo que este executivo tem seguido, o ano de 2008, iniciou-se com uma monumental trapalhada, que demonstra a incapacidade e a inabilidade em resolver certos assuntos, nomeadamente quando se trata do património da freguesia.

Ficamos completamente espantados e nem queríamos acreditar que pudesse ser verdade o que se está a passar; em 12 de Janeiro, A Junta de Freguesia, envia um ofício à Câmara a solicitar que seja concedido o direito de superfície do edifício da sede da junta, pelo período de 50 anos e seguintes. A câmara deliberou por unanimidade, conceder à junta de Freguesia da Ribeira o direito de utilização do imóvel, pelo período de 50 anos mais um.

ISTO É UMA VERGONHA SR. PRESIDENTE!

Este edifício é nosso!

Pertence à freguesia desde 1978!

Se os senhores tivessem a humildade de conversar, procurando informar-se em vez de agir em cima do joelho, como o aluno cábula que não se prepara, indo copiar para o exame e como não sabe, até os erros ele transcreve, assim acontece com este executivo, que teima em subestimar quem o rodeia.

Sr. presidente esta casa foi cedida à junta de freguesia da Ribeira, em 1976, pela Direcção Geral dos Equipamentos Escolares;

Em face dessa cedência, em 1977 a Comissão Administrativa, que geria os destinos da freguesia, procedeu a algumas reparações no edifício, nomeadamente a colocação da placa do piso, porta principal e janelas; Estas obras custaram 150.000$00.

Depois de iniciadas as obras de restauro do edifício, o mesmo foi reclamado pelo chefe de finanças, alegando que o este pertencia ao estado.

Esta dúvida surgiu, porque houve um lapso dos serviços que ordenaram que o mesmo fosse entregue ao Estado.

Ora isso era impossível, uma vez que o mesmo já era pertença do mesmo estado, mais propriamente ao Ministério da Educação.

A junta, em face deste mal-entendido inicia as diligências para esclarecer a posse do mesmo, expondo os factos ao Ministro das Finanças.

Em 7 de Maio de 1977, organiza um processo contendo todos os documentos que possuía, que é enviado para o Sr. Ministério das finanças.

A Câmara Municipal em reunião de 11 de Julho de 1978,a pedido da Junta aprecia o processo de reivindicação do edifício que serviu de escola primária daquela freguesia. Aquele imóvel após a mudança das escolas para as novas instalações foi-se degradando ate à completa ruína. Entretanto a junta, sua legitima proprietária como se verifica do processo junto, organizado em consequência do edital publicado pela repartição de finanças deste concelho, datado de 31 de Maio último, tomou a seu cargo a reconstrução do mesmo. A Câmara Municipal, tendo em vista o processo organizado por aquela junta e em face dos documentos apresentados delibera por unanimidade não reivindicar qualquer direito ao prédio em questão, dando assim cumprimento ao edital da repartição de finanças acima referido.

Desde essa altura que esta casa nos pertence, passando para a posse da junta de freguesia da Ribeira, tendo o povo deixado de lhe chamar a “Escola Velha”, para o designar de Sede da Junta.

Assim, e sem mais considerações, pois pensamos que ficou bem patente a trapalhada criada por esta junta, é tempo de assumir a responsabilidade emendar o erro.

E para isso, Propomos:

Que a Junta de Freguesia informe a Câmara da nulidade do pedido feito pelo oficio nº1de 12 de Janeiro de 2008.

Solicite à Câmara Municipal que seja revogada a decisão tomada na reunião do dia 28 de Janeiro de 2008 e inscrita no ponto 3.2, da respectiva Acta.

Que a Junta de Freguesia inicie de imediato as necessárias diligencias, para efectuar o registo do edifício da sede em seu nome.

Ribeira, 20 Março de 2008
Os Membros Eleitos
Sérgio Augusto Esteves de Araújo
António Domingos da costa Morais

IMPORTANTE: O assunto foi colocado na ordem de trabalhos a requerimento dos elementos eleitos pela lista UniR - II

Etiquetas: , , , , ,

posted by Unir II - União pela Ribeira @ 11:19 PM

Labels:

UM INCÊNDIO EM CRASTO EM 1940

No dia 6 de Junho de 1940, o Jornal Cardeal Saraiva dava-nos conta da seguinte noticia:

" Na madrugada do dia 2 de Junho de 1940 manifestou-se um incêndio num barracão que servia de garagem duma camioneta pertencente ao Sr. Manuel Soares de Melo, no lugar de Crasto-Ribeira.
Os nossos bombeiros que prontamente compareceram no local evitaram a propagação do incêndio a um prédio contíguo."

Labels: , , ,

Saturday, May 3, 2008

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA







SENTIR A RIBEIRA

FOI COM ESTE SLOGAN QUE O ACTUAL EXECUTIVO DA J. F. SE PROPÔS GOVERNAR A RIBEIRA.

Mas a freguesia da Ribeira, está perante uma nova situação:
  • Já era sabido que o executivo não tinha capacidade para angariar junto do município, os apoios necessários para as obras de que a freguesia carece e são muitas!
  • Para alem desta incapacidade, verifica-se da análise do Relatório de Contas da Gestão, referente ao ano de 2007, que também é incapaz de manter o rigor nas contas, que se exige a um órgão público.
  • Veja-se o valor apresentado como despesas com gasóleo... 5 866,27£. Isto é um desgoverno total, um verdadeiro " vê se te avias". Neste capitulo verifica-se um aumento superior a 160%, relativamente a 2006.
  • Outra despesa excessiva, prende-se com a construção de umas casas de banho anexas ao cemitério, com +/- 15m2, sem acesso para deficientes e os restante espaço, +/- 35m2, destinados a uma arrecadação, que custaram 18 004,87£. obra administrada directamente pela J.F.
  • Com este rigor, o que pode a freguesia esperar deste executivo?
informação recolhida no blog UNIRII.BLOGSPOT.COM

Labels: