RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES

Forum de opinião e debate da vida quotidiana da Ribeira

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Location: Ponte de LIma, Viana do Castelo, Portugal

Wednesday, November 28, 2007

Dr. José Cândido de Oliveira Martins



A Editorial Piaget, do Instituto Piaget, acaba de publicar a Tese de Doutoramento do nosso conterrâneo o Dr. José Cândido de Oliveira Martins.
"Fidelino de Figueiredo e a Crítica da Teoria Literária positivista".



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Sunday, November 25, 2007

DOIS ANOS A "SENTIR A RIBEIRA"





A junta de freguesia da Ribeira, está prestes a concluir metade do mandato que lhe foi conferido em 2oo5, por isso achei por bem publicar algumas considerações sobre este assunto.
Assim:
com todo este tempo decorrido é necessário fezer esta pergunta:
- O que foi feito durante estes dois anos ?
Parece-me que a resposta não é facil para os autarcas, mas as pessoas da freguesia não tem muitas dúvidas, porque o que está à vista é tão pouco, perante tantas promessas feitas em periodo eleitoral.
É triste ver que outras freguesias de menor dimensão sejam capazes de apresentar projectos e mostrar obra e esta, não seja capaz de convencer ninguem.
Durante o periodo eleitoral, iniciaram um conjunto de "Obras a Pedido" que ainda hoje estão por concluir. Que o digam os moradores que se servem do caminho da Torre em Paradela, ou os da Fonte do Boi, uns continuam com os muros derrubados e as propriedades à mercê da vontade de um pequeno "tiranozinho", que lhes vai dando umas desculpas um tanto ao quanto esfarrapadas que já não convencem ninguem, outros ainda hoje esperam pela pavimentação do caminho.
Em talharezes, a entrada do caminho, junto à Carpintaria Vianas, ainda não mereceu a devida atenção, esperam o quê?
Compraram um terreno e fizeram obras de terraplanagem para aí instalar o ""Campo de Futebol das Cucas", gastou-se aí tanto dinheiro que fazia falta para outras obras e ninguem lá vai jogar futebol.
Nem mesmo a junta de freguesia tem coragem de aí fazer qualquer iniciativa.
Para quê tanto desperíicio ?
Mas nem tudo são más noticias, porque foram feitas umas casas de banho ao pé do cristo rei, e a Cámara Municipal comparticipou as mesmas com 8.750£.
Quanto custaram ?
Ainda é um mistério.
Sabe-se contudo, que foram construidas por um membro da Assembleia de Freguesia, por um irmão do secretário da Junta e por um primo do mesmo.
Tambem se sabe que quase todas as obras são feitas por esta equipa, assim como as reparações das viaturas da Junta de Freguesia, são efectuadas na oficina do tesoureiro da mesma, ali mesmo ao lado da ADERIR.
Ribeirenses, não vos parece que é chegado o tempo de pedir responsabilidades por tanta falta de pudôr?
É este o Socialismo da Junta da Ribeira!
Com Socialistas destes até o Lenine se envergonharia.

Tuesday, November 20, 2007

FESTA DE STª CATARINA



No próximo fim de semana, vai realizar-se a festa a Stª Catarina, uma óptima oportunidade para todos aqueles que gostem da natureza fazerem uma caminhada, subindo ao alto do monte de santa Catarina na Ribeira.
Desde já vos digo que a vista é magnifica!
Se o tempo estiver claro e sem nevoeiros, pode avistar-se todo o vale do lima até ao mar de Viana.
Por essa razão, ainda hoje se comenta, que em tempos os pescadores de Viana, se preocupavam em mandar caiar a capela, pois ela servia de referencia aos mesmos, quando vinham do alto-mar e se aproximavam da costa.
Esta capela, aparece já referenciada nas inquirições paroquiais de 1758, como capela pertencente ao Povo, com confraria.
Mais acima encontra-se a capela de Nª Sª de Fonte Coberta, no supé do monte do castelo.
A Freguesia, poderia potenciar este espaço, criando um triho- precurso pedestre, que passase por este local, fomentando deste modo a beleza natural que a Ribeira pode oferecer e que está esquecida.

Saturday, November 17, 2007

MONUMENTO A CRISTO REI - Capela de Nª Sª DE FÁTIMA 1968-2008


Era sabida a devoção e o carinho que o Reverendo Pároco desta Freguesia Manuel Joaquim Gomes nutria pela nossa Senhora, ao ponto de empreender a construção na freguesia de uma capela dedicada ao culto de Nº Sª de Fátima.

Esse local de culto, fica no interior do monumento a Cristo Rei e foi inaugurada em 13 de Maio de 1968, passam por isso 40 anos que se inaugurou a capela.

Mas a vontade e a devoção e a Fé a Maria era tanta, que juntamente com o Cónego Correia, e o Padre de Estorãos, alimentaram o sonho de construir no alto da Serra D’Árga, um templo dedicado a Nº Senhora, onde populações de todo o Minho, pudessem adorar e prestar devoção à Virgem Maria Mãe de Jesus.

O sonho tem-se tornado realidade e cada vez são mais os peregrinos que aí se deslocam todos os anos.

Aqui deixo esta minha singela homenagem a um homem que dentro da sua Fé, procurou dignificar a igreja a que pertencia.

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UM ATENTADO AMBIENTAL! OU UMA PEDREIRA?


Fotografia retirada do Blog Unirii.blogspot.com

Na verdade esta fotografia, que encontrei no blog da Ribeira , apesar de ser de 2005, dá uma perfeita imagem do grave atentado ambiental que se tem praticado na freguesia.
A enorme cratera é já visivel de Viana do Castelo, no entanto e ao que me é dado conhecer, nada tem sido feito para acalmar o impeto destruidor do camartelo que tem actuado neste local.
Tambem me foi dito que a Junta de freguesia, tem sido presença assidua nas festas e almoços de Natal da empresa, o que me leva a pensar que está conivente com este acto.
Seria interessante saber qual a posição do presidente da JF sobre este assunto, saber quais as contrapartidas de que a Ribeira beneficia pela exploração desta pedreira, claro está para alem dos almoços!
Muitos se tem preocupado com as pedreiras do Monte de Stº Ovidio e de Antelas, ninguem tem a coragem de falar do Monte do Castelo na Ribeira - porquê!


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Sunday, November 11, 2007

Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho

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S. Martinho na lenda

No ano de 338, quando ainda era militar do exército imperial romano, durante uma ronda nocturna no rigor dum impiedoso Inverno encontrou um pobre seminu que lhe implora caridade, a quem querendo acudir e como não tinha dinheiro, sacou da sua capa, e cortou-a ao meio para a partilhar com o desconhecido.

Na noite seguinte, durante o sonho viu Jesus vestido com aquela porção de capa, que lhe agradeceu ter-lhe dado metade da mesma.

Outra versão da lenda, relata que partilhou a sua capa com um soldado pobre e roto. A lenda de S. Martinho, nasceu, segundo algumas versões, quando algumas árvores floriram durante o trajecto em que o seu corpo foi levado de Candes, onde faleceu, até Tours, onde seria sepultado.

Seja como for, e conforme reza a lenda, todos os anos nos primeiros dias de Novembro desponta sempre um Sol de Estio para recordar o bondoso gesto de S. Martinho, e por esses dias o céu e a terra aquecem, de modo a que mais nenhum ser humano passe o tremendo frio que assolou o mendigo dos tempos lendários.

"IN COURA MAGAZINE HISTORIA"

Saturday, November 10, 2007

ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - Um poeta esquecido

Deixo-vos mais um poema do livro Versos estranhos, do poeta António Vieira Lisboa, na esperança de que o mesmo não seja esquecido, principalmente agora que se vai comemorar o centenário do seu nascimento em 2008.



BALADA DO MEU CORAÇÃO




MEU Coração é um duende
que em Vida cumpre o seu fadário.
No seu caminho imaginário
não acha quem o compreende.

O Mundo corre solitário
à busca d’Essa que o atende.
A estrada é longa p’ro lunário
e, ao longe, mais e mais se estende.

Caminha sempre em amor vário
-Êle que um só Amor atende.
É vasto, fundo cinerário
das Ilusões que em si acende.

Meu Coração é um duende…
Cansado arrasta o seu sudário.
Não acha quem d’Amor o prende…
Lamentem antes o seu fadário.

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FERNANDO PIMENTA - Prémio Juventude 2007 do C.O.P

Fernando Pimenta (Canoagem)

O Limiano natural da Ribeira, Fernando Pimenta, foi recentemente premiado pelo Comité Olimpico de Portugal, com o Prémio Juventude 2007, que lhe será entregue no dia 13 de Novembro, em cerimónia a realizar no mosteiro dos jerónimos em Lisboa.
Àquele que representa o orgulho desta terra, deixamos os nossos parabens e queremos que continue a ter o desempenho e o sucesso que realmente merece.

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Saturday, November 3, 2007

UM EPISÓDIO DA VIDA QUOTIDIANA DA RIBEIRA NOS ANOS 50

Estava-mos no início dos anos 50, a Europa procurava erguer-se dos escombros da 2ª Grande Guerra.
Em Portugal, o Estado Novo estava em força, com todos os seus meios dedicados ao silenciar das vozes incómodas ao regime, tarefa destinada à PIDE, que tinha lançado os seus tentáculos a todos os lugares, recorrendo-se dos seus informadores locais, a que o povo chamava de “bufos”.
Na Ribeira esses senhores também “ mostraram os dentes “ chegando mesmo a morder em alguns seus conterrâneos, com quem não simpatizavam.
O padre da freguesia tinha instituído “ as Rondas”, uma espécie de visitas cirúrgicas que efectuava ao domingo, percorrendo os vários lugares da paróquia, à procura de casais de namorados.
Nesse tempo o namoro era feito à porta de casa, na ida à fonte ou nos largos existentes nos vários lugares, sempre bastante acompanhados e sob a vigia discreta das mães ou tias.
Nessas “ rondas”, quando alguém era interceptado, já sabia que podia contar com o interrogatório da praxe e no domingo seguinte o seu nome seria sentenciado no altar, como forma de represália pelo atentado à moral e bons costumes defendidos pelos cânones do estado novo e seus algozes.
É também sabido que sempre que estes nomes eram divulgados nas missas domingueiras, andavam desde logo nas bocas das “línguas puras”, sim essas que não saíam das filas para a comunhão, durante toda a semana.
Por outro lado, o padre “Melro”, como era conhecido o reverendo Manuel Joaquim Gomes, apesar de constantemente criticado em surdina, raramente era contestado, com medo das represálias que daí poderiam advir, contudo vamos recordar um episódio que me parece digno de ficar para a memória colectiva deste povo.
Tinha chegado à freguesia, mais propriamente ao lugar de Crasto, Abeilard Morais, recém-chegado de Angola, onde se tinha aposentado do posto de Chefe do Posto Administrativo, foi instalar-se na Quinta de Júlio Pereira Pinto, ali bem perto do Largo da Cruz de Pedra.
Depressa se fez passar a notícia da sua chegada, não era pessoa de muitas conversas, procurando muitas vezes os seus amigos de confiança, Aníbal da Cruz, o bota dos Alfanados, o professor Nascimento e pouco mais.
Era uma pessoa que gozava de um respeito, que invejava muitos que tantos se esforçavam por conseguir esse estatuto e morreram sem o conseguir.
Uma certa manhã, apareceu na sua casa em Crasto, a comissão fabriqueira da Ribeira com um abaixo-assinado para levar ao Bispo de Braga, propondo o afastamento do padre “Melro” desta freguesia.
Depois de ler com atenção, proferiu a sua opinião que soou ao ouvido dos proponentes como uma sentença; Dizia então : Não assino! Quando o foram chamar para cá, eu não fui consultado, nem me pediram a opinião! Alem do mais, Este já o conheço, sem muito bem como lidar com ele; Outro que para cá venha ainda tenho de o estudar, por isso não vale a pena!
Sem argumentos perante tão incisiva resposta os acólitos da igreja retiraram-se deixando cair o propósito de “ escorraçar “ o padre, que acabou por terminar os seus dias nesta freguesia muitos anos depois deste episódio.

Thursday, November 1, 2007

Um soneto para reflectir neste dia 1 de Novembro

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- Saudades -


Saudades! Sim… Talvez… e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?...Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quando menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

“Florbela Espanca”