LENDAS E NARRATIVAS DO AUTO DOS TURCOS DE CRASTO - TURQUIA
O ZÉ MORAIS
O Zé Morais, era uma daquelas figuras populares a quem Ponte de Lima, deve prestar tributo, pois foi muitas das vezes um dos principais impulsionadores de muitas das tradições que hoje são referencia nos cartazes turisticos da região.
"O Zé Pequeno", como muitos o apelidaram, realmente não era homem de gastar muito pano para o fato, na verdade poucas vezes o via vestido dessa forma, preferia uma indumentátria mais simples a condizer com a sua condição popular.
Sentia-se feliz a colaborar com as comissões organizadoras da "Vaca das Cordas", juntamente com Alcino Dantas o Morais, foi um dos reponsaveis para que essa tradição não se perdesse em Ponte de Lima.
Não havia véspera do Corpo de Deus, onde não fosse visto o Morais a comandar a trupe de bombos que animavam as ruas da vila, chamando a atenção para o acontecimento grandioso que haveria mais tarde de se realizar, mal o sol começasse a dar os primeiros sinais de que estava chegada a hora de recolher, hora em que começaria a corrida da vaca.
Nesses dias, vestia o trage de campino e com aquele "bigodito rufia", que era uma imagem de marca familiar, pois seu avô, seu pai e outros familiares, orgulhavam-se em ostentar os respectivos bigodes "à pintalhão", lá andava ele rua fora, pára aqui e acolá, num empenhamento que poucos se disponham a seguir.
Outra das paixões do Morais era a representação no "Auto dos Turcos de Crasto- Turquia", onde fazia questão de participar todos os anos em que havia representação.
Nessas tardes de Agosto, não havia a mais pequena dúvida de que se assistiria a alguma peripécia, com que o Morais gostava de brindar os presentes no terreiro da devesa da cruz da Pedra, quando chegava o momento do seu combate, com o guerreiro Cristão.
Todos lhe apreciavam o génio e a originalidade com que representava.
Mas, apesar de bravo soldado do exército turco, não conseguiu levar de vencidada a doença que o desafiou, sendo derrotado, sem que pudesse fazer as fintas de que tanto gostava em dia de turquia.
Agora o cemitério da Ribeira, é a sua morada, mas mesmo ausente do convivio dos vivos o Morais, consegue manter-se presente na memória de todos quantos com ele conviveram.
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