AS INTERMITÊNCIAS DO AUTO DOS TURCOS DE CRASTO - TURQUIA (2)
Decorria o ano de 1965, quando os habitantes de Crasto-Ribeira, entusiasmados pelo seu conterrâneo, então padre João Rodrigues de Sousa, resolveram meter mãos à obra, para levarem à cena mais uma vez a sua Turquia.
Os ensaios decorreram dentro do previsto, a publicidade foi feita como de costume, com as cavalhadas e os panfletos que o padre João Sousa tinha ele próprio conseguido imprimir.
Tinha chegado o dia da representação, nesse dia deslocou-se à “Turquia” o critico de arte teatral António Pedro, com o intuito de assistir à representação desse ano, como não conhecia bem o lugar, ao chegar a Crasto e vendo um grupo de pessoas, que se amontoavam em frente à capelinha do Senhor da Cruz de pedra, concluiu que deveria estar perto do teatro. Dirigindo-se ás mesmas perguntou: -“ podem dizer-me onde é o teatro?”
Num acto expontaneo logo um desses populares lhe responde que não é teatro nenhum!” isto é uma Truquia p’rá gente s’adevertir”.
Lá se acomodou, junto de outros destacados estudiosos da etnografia e das artes populares, tais como Leandro Quintas Neves, responsável pelo reaparecimento do auto de Floripes nas neves, de onde era natural.
Contudo, na crónica semanal intitulada “Quinta sem Muros”, do Jornal Diário Popular de 10 de Outubro de 1965, publicou uma crónica intitulada”Quando a Turquia deixa de ser o nome de um pais” onde dizia: Na aldeiazinha de Crasto, onde não vi castelo que lhe justificasse o nome, deu-se no dia 26 do mês passado, um acontecimento pitoresco…a tal acontecimento, chamei eu ao chegar por engano… teatro.
Era e não era…embora não andassem lavrando…esta história de lavradores que se divertem em terreiro vestidos de moiros e de cristãos…
Ora, estas afirmações causaram bastante revolta e desagrado ao principal responsável pela representação até, porque António Pedro era merecedor de uma reputação que não fazia prever este tipo de considerações pelos conterrâneos do padre João de Sousa.
Como “quem não se sente não é filho de boa gente”, a resposta não tardou e no Jornal Cardeal Saraiva de 19 de Novembro de 1965, o então padre João Rodrigues de Sousa, respondeu à letra ao mestre, procurando ilucidá-lo como se de uma aula se tratasse, pondo a nu alguma ligeireza de conhecimentos que o mestre António Pedro evidenciou.
Contudo, a Turquia após este episódio, só voltou a ser representada na década de 80, novamente pela mão do mesmo mas agora Dr. João Sousa, apoiado por outros conterrâneos entre os quais Vítor Redondo, António Redondo, Aurora Martins, que foi responsável pela confecção do guarda-roupa e muitos outros anónimos que se empenharam em manter viva esta tradição da sua terra.
Os ensaios decorreram dentro do previsto, a publicidade foi feita como de costume, com as cavalhadas e os panfletos que o padre João Sousa tinha ele próprio conseguido imprimir.
Tinha chegado o dia da representação, nesse dia deslocou-se à “Turquia” o critico de arte teatral António Pedro, com o intuito de assistir à representação desse ano, como não conhecia bem o lugar, ao chegar a Crasto e vendo um grupo de pessoas, que se amontoavam em frente à capelinha do Senhor da Cruz de pedra, concluiu que deveria estar perto do teatro. Dirigindo-se ás mesmas perguntou: -“ podem dizer-me onde é o teatro?”
Num acto expontaneo logo um desses populares lhe responde que não é teatro nenhum!” isto é uma Truquia p’rá gente s’adevertir”.
Lá se acomodou, junto de outros destacados estudiosos da etnografia e das artes populares, tais como Leandro Quintas Neves, responsável pelo reaparecimento do auto de Floripes nas neves, de onde era natural.
Contudo, na crónica semanal intitulada “Quinta sem Muros”, do Jornal Diário Popular de 10 de Outubro de 1965, publicou uma crónica intitulada”Quando a Turquia deixa de ser o nome de um pais” onde dizia: Na aldeiazinha de Crasto, onde não vi castelo que lhe justificasse o nome, deu-se no dia 26 do mês passado, um acontecimento pitoresco…a tal acontecimento, chamei eu ao chegar por engano… teatro.
Era e não era…embora não andassem lavrando…esta história de lavradores que se divertem em terreiro vestidos de moiros e de cristãos…
Ora, estas afirmações causaram bastante revolta e desagrado ao principal responsável pela representação até, porque António Pedro era merecedor de uma reputação que não fazia prever este tipo de considerações pelos conterrâneos do padre João de Sousa.
Como “quem não se sente não é filho de boa gente”, a resposta não tardou e no Jornal Cardeal Saraiva de 19 de Novembro de 1965, o então padre João Rodrigues de Sousa, respondeu à letra ao mestre, procurando ilucidá-lo como se de uma aula se tratasse, pondo a nu alguma ligeireza de conhecimentos que o mestre António Pedro evidenciou.
Contudo, a Turquia após este episódio, só voltou a ser representada na década de 80, novamente pela mão do mesmo mas agora Dr. João Sousa, apoiado por outros conterrâneos entre os quais Vítor Redondo, António Redondo, Aurora Martins, que foi responsável pela confecção do guarda-roupa e muitos outros anónimos que se empenharam em manter viva esta tradição da sua terra.
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