UM PASSEIO PELA RIBEIRA - da cruz de pedra ao pêgo -
Com a chegada de um dia cheio de sol, apeteceu-me dar um passeio pela minha terra.
Acordei bem disposto, pos-me a caminho e comecei o meu percurso no largo da Cruz de Pedra, noutros tempos era conhecido pelo nome de deveza, como ainda se pode ler na placa que aí se encontra, diziam os antigos que aquela designação se ficou a dever à existencia de uma deveza de carvalhos que foram derrubados na década de 40, por um violento ciclone.
Segui, pelo caminho da aldeia, verifiquei a fachada da capela de S. José, vulgarmente conhecida pelo nome da familia "Coronheira", não sei qual a origem desta alcunha, já li várias hipoteses, mas na verdade não me parece que nenhuma tenha qualquer fundamento.
Encontro a entrada da Quinta da Aldeia, uma propriedade do sec XVII, pertença da familia Carvalho Martins, destinada a turismo de habitação, aqui, entrei e pode verificar a importancia do solar, bem como de todo o espaço envolvente que apresenta um cuidado, que merece ser realçado.
Meti-me por caminhos rurais, tendo ido parar á ecovia, na zona dos feitais, passei por entre ramadas de vinha, que me levaram ás margens do rio Lima, segui sempre bem junto à margem esquerda, aí deparei com alguns engenhos, máquinas usadas em tempos pelos agricultores para retirar àgua do rio e irrigar os ferteis campos da veiga de Crasto.
Estes engenhos, são uma reminiscencia da cultura Árabe, que embora tenham caído em desuso, não deixam de ter a sua beleza.
Continuei pela ecovia e cheguei ao pêgo, local mítico, onde se dizia que aí o rio era tão fundo, que poucos seriam aqueles que ousariam mergulhar nesse local.
É aqui que se encontra o "Forno da Cal", hoje apenas se pode ver as ruinas do mesmo, contudo, não deixa de ser um local óptimo para se repousar e reflectir sobre tudo o que nos vier`a mente.
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