UMA TRADIÇÃO AINDA VIVA NA RIBEIRA
Açude da levada de Crasto, junto ao moinho de Argemil no lugar da Lagoa
Parte da levada da Crasto, depois das obras de construção da Auto-Estrada A3
Parte da levada de Crasto, perto do Solar da Quinta da Aldeia em Crasto
"A LEVADA DE CRASTO"
A agricultura já não tem a importância que teve e são cada vez menos as pessoas da freguesia que se dedicam a essa actividade.
Mas apesar dessa diminuição da actividade agrícola, ainda hoje se pode verificar uma prática, que remonta aos séculos passados, trata-se da limpeza da “levada de Crasto”.
Bem cedo, logo pelas primeiras horas do dia, no sábado de véspera de S.João, os lavradores do lugar, encarregam-se da tarefa de limpar a levada.
Todas as famílias com direito a regar, tem como obrigação, neste dia, mandar uma pessoa para a limpeza da levada.
Desde as costas, bem junto à veiga, passando pela Cruz de Pedra, Rocha, Semoinhos, seguindo sempre em direcção à Lagoa, junto do moinho de Argemil, onde a água é recolhida e encaminhada para a referida levada.
A levada de Crasto, sempre desempenhou um papel de importância capital na irrigação das terras do lugar de Crasto, ao ponto de ter havido uma morte, no Sec.XX, por causa de uma teimosa e alardisse disputa de águas, a vitima foi, “António José de Carvalho, assassinado no dia 14 de Febreiro de 1873 com a edade de 28 anos”, conforme o cruzeiro que testemunha o triste acontecimento, colocado no local (Rocha).
A água entra em partilhas, no dia de S. João e a partir desse dia é religiosamente respeitado o tempo que está destinado a cada uma das parcelas regadas por essa levada.
Este complicado sistema de partilha, é digno de um autêntico tratado, pelo que irei dedicar-lhe uma atenção mais detalhada.
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