UM OÁSIS NO PANORAMA DESPORTIVO DA RIBEIRA

Realiza-se hoje a final do 1º Torneio de Ténis da Ribeira, um grupo de utilizadores regulares do novo poli-desportivo do Centro Educativo da Ribeira, em boa hora resolveu organizar um torneio de ténis na freguesia.

No meio do deserto desportivo e da aridez de iniciativas deste género esta iniciativa reveste-se de uma importancia ímpar, pois conseguiu ser a pedrada no charco que se esperava.

O recinto desportivo em causa, tem tido uma utilização extra escolar da ordem dos 100%, o que representa uma vitória para aqueles que acreditaram que o espaço poderia servir de local de ocupação sadia dos tempos livres dos Ribeirenses.

Município e Associação de Pais, estão pois de parabens, porque conseguiram dinamizar um espaço que merece as iniciativas que nele se tem desenvolvido.

Esperemos que no futuro esta e outras iniciativas tenham a continuidade que se espera.

UM MAU EXEMPLO DE AUTARCA

Na passada sexta feira, foi surpreendido com uma notícia no jornal Alto Minho, sobre a eleição dos novos dirigentes associativos da Associação de Pais do Centro Educativo da Ribeira.

Apesar da sugestão feita pelo título, nada se dizia a esse respeito, apenas se serviram desse facto, para tecerem críticas, recorrendo a uma linguagem grosseira, roçando por vezes o insulto.

Assim, não é bonito, muito menos digno para um "cidadão" que tem responsabilidades no executivo da Junta de Freguesia.

Ficou-se no entanto a saber, que a Junta de Freguesia deixará no próximo ano lectivo a gestão da Cantina do CER, talvez por isso o azedume das palavras do seu secretário.

Na verdade os lucros directos que se geravam com esta exploração faziam muito geito a uma gestão árida de projectos e sedenta de favores, quer na colocação de "BOYS", quer na distribuição de beneces pelos correlegionários.

Louvo a atitude dos corpos gerentes cessantes, que apesar de serem constantemente boicotados, quer pela junta, pelos professores e pelo conselho executivo do agrupamento de escolas de AntónioFeijó, tiveram sempre a coragem de por o interesse dos seus associados e das crianças em primeiro lugar.

Apesar dos recursos serem limitadissimos, conseguiram ao longo deste mandato distribuir material á escola, desde material audiovisual a livros , exemplo que deveria ser seguido por outros, mas que infelizmente não se verificou.

Mas espantou-me tambem saber que o Sr. Adelino Silva, apesar de ser membro da Junta de freguesia e ter filhos em idade escolar, não tenha optado por colocar os seus filhos na escola da Ribeira. Assim é mais facil !

O papel de um Autarca é zelar pelo interesse e desenvolvimento da sua freguesia, muito me espanta que um homem dito do desporto, se comporte do modo como o fez e utilize a linguagem que utilizou para criticar o facto da escola ao fim de semana estar ao serviço da comunidade, colocando as suas instalações desportivas para que todos possam delas usufruir.

Permita-me um reparo, com linguagem e opiniões deste tipo o sr,não dignificou a sua terra, muito menos a Junta de Freguesia a que pertence.

UM PASSEIO PELA RIBEIRA- da Cruz de Pedra à Igreja

Tendo como ponto de partida o largo da Cruz de Pedra, realizei mais um dos meus passeios seguindo trilhos e caminhos da minha terra.

O mítico largo da "devesa", onde outrora se faziam grandes partidas de futebol entre os habitantes da minha terra, sermpre representou para mim um fascínio, até porque era aí o palco das representações da "Truquia", bem como do Drama de Stº António, onde se destacaram figuras como "Pilauta", de quem ainda hoje se ouvem façanhas do mais pitoresco e hilariante humor, mas não só, João Costa, Luis do André e mais recentemente Manuel Magalhães"carteiro", que teve um desempenho soberbo na representação de Santo António, a quando da última vez que esta peça foi ao palco na freguesia.

Segui então pelo caminho dos alfanados, onde ainda hoje lá se encontra a fonte, tambem este local desempenhou já um papel importante na economia local, pois era nessa fonte que o lugar de Crasto e muitas familias de ponte de lima se abasteciam da àgua necessária para as necessidades domésticas.

Lembro-me de haver raparigas que transportavam a água em cántaros de barro para as casas das familias mais abastadas do lugar.

Essa fonte serviu de inspiração a muitos casais de jovens, que aí trocaram os primeiros beijos e se tornaram cumplices de muitas "malandrices", que na época eram reprovadas, tanto pelas familias, mas tambem pelo pároco que se deslocava a esse local para fazer a "ronda", procurando desse modo reprimir esses desejos próprios da mocidade.

A poça dos alfanados, esconde a ponte romana que aí existe, apesar de ter sofrido um atentado á sua forma original causado por obras de alargamento aí realizadas sem os cuidados devidos.

Segui pelos carreiros existentes até ao lagar de Azeite, hoje desactivado, mas apesar de tudo o local continua agradavel.

Caminhando sempre em comunhão com a natureza, cheguei á ponte da Ribeira, onde existe um local a merecer urgentemente de obras de requalificação, podendo ser transformado numa pequena praia de interior, a recuperação do moinho, que poderá servir de apoio, seria uma boa iniciativa para apresentar ao município, que estou certo não deixaria de apoiar a iniciativa.

UM PASSEIO PELA RIBEIRA - da cruz de pedra ao pêgo -

Com a chegada de um dia cheio de sol, apeteceu-me dar um passeio pela minha terra.

Acordei bem disposto, pos-me a caminho e comecei o meu percurso no largo da Cruz de Pedra, noutros tempos era conhecido pelo nome de deveza, como ainda se pode ler na placa que aí se encontra, diziam os antigos que aquela designação se ficou a dever à existencia de uma deveza de carvalhos que foram derrubados na década de 40, por um violento ciclone.

Segui, pelo caminho da aldeia, verifiquei a fachada da capela de S. José, vulgarmente conhecida pelo nome da familia "Coronheira", não sei qual a origem desta alcunha, já li várias hipoteses, mas na verdade não me parece que nenhuma tenha qualquer fundamento.

Encontro a entrada da Quinta da Aldeia, uma propriedade do sec XVII, pertença da familia Carvalho Martins, destinada a turismo de habitação, aqui, entrei e pode verificar a importancia do solar, bem como de todo o espaço envolvente que apresenta um cuidado, que merece ser realçado.

Meti-me por caminhos rurais, tendo ido parar á ecovia, na zona dos feitais, passei por entre ramadas de vinha, que me levaram ás margens do rio Lima, segui sempre bem junto à margem esquerda, aí deparei com alguns engenhos, máquinas usadas em tempos pelos agricultores para retirar àgua do rio e irrigar os ferteis campos da veiga de Crasto.

Estes engenhos, são uma reminiscencia da cultura Árabe, que embora tenham caído em desuso, não deixam de ter a sua beleza.

Continuei pela ecovia e cheguei ao pêgo, local mítico, onde se dizia que aí o rio era tão fundo, que poucos seriam aqueles que ousariam mergulhar nesse local.

É aqui que se encontra o "Forno da Cal", hoje apenas se pode ver as ruinas do mesmo, contudo, não deixa de ser um local óptimo para se repousar e reflectir sobre tudo o que nos vier`a mente.