RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES
Forum de opinião e debate da vida quotidiana da Ribeira
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Monday, October 27, 2008
Será hoje homenageado o nosso querido professor Victor Simões de Araújo, é mais do que justo este acto de reconhecimento público, por tudo o que este Homem deu em prol do desporto e da juventude limiana.
Lembro-me ainda os primeiros dias de aulas, em que no velhinho edifício do hospital velho, onde funcionava a Escola Técnica de Ponte de Lima, foi dar com aquele amigo e entusiasta do desporto.
Todos gostávamos das aulas de Educação Física, mas orientadas por aquele professor, não havia faltas.
Ao longo dos anos fomo-nos encontrando em várias outras situações e uma delas jamais me esquecerá é precisamente o momento em que este grande Homem decide que poderia dar um pouco mais de si a Ponte de Lima e decide concorrer á Câmara Municipal de Ponte de Lima, não foi eleito, mas o seu Amor a esta terra não se modificou.
Por isso, parabéns prof. Victor Araújo.
Wednesday, October 22, 2008
A Ilusão do Poeta António Vieira Lisboa
Caminho do Vau, envolvente à propriedade do poeta em Crasto- ribeira
I
Oh meu Amor mente, mente
uma mentira inocente
mas mente até ao fim.
Com tua boca tão linda
diz que me queres ainda
que ainda gostas de mim.
II
Eu bem sei que é mentira,
mas feliz se te ouvira
essa mentira querida.
numa mentira eu ponho
ainda todo o meu sonho,
o sonho da minha Vida.
III
Oh meu Amor mente, mente
que assim, não sofre, não sente
o Coração que não vês.
Bem sei que não é verdade,
mas mente por Caridade,
mente só mais esta vez.
IV
Ninguem dirá que é mentira
o que essa boca profira
mesmo que ria no fim.
Oh meu Amor mente, sim
que eu vivo dessa mentira
que ainda gostas de mim
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Saturday, October 18, 2008
PRIMAVERA - Do livro "Chão de Amor"
Primavera
Que bem se respira esta manhã!
É Primavera! Como cheira a terra!
Que belo ar! Que bela aragem sã?
Que bem teu Corpo cheira oh minha Terra!
Mas esse ar que te percorre a face
e que te aquece! Oh minha terra! E que te impele
é como o beijo morno que eu deixasse
correr suave! Oh moça! A Tua pele.
Mas esse odor a terra, o odor que estua
de toda a leiva núbil que rescende
é simplesmente o mesmo odor da Tua
virgínia carne! Amor! Que a minha ascende.
Este ar, este cheiro a terra faz-me
o mesmo mal que a noiva que foi minha.
Respiro e tenho, quanto a aragem traz-me,
nos meus sentidos… como a Ela tinha.
Do livro “Chão de Amor”
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OPINIÕES : Sobre a obra poética de António Vieira Lisboa
Lírico, o poeta canta o amôr, a mulher, a forma, a linha ondulante dum corpo, a música indizível dum beijo. Está dentro da tradição do lirismo Português e, sendo um dos últimos chegados, enfileira, nesse ponto, entre os primeiros.
"O Primeiro de Janeiro, de 5 de Maio de 1943”
(Sobre o livro “Mulheres")
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Saturday, October 11, 2008
A RIBEIRA NA VOZ DOS POETAS - António Vieira Lisboa 1907-1968
Caminho da Aldeia em Crasto-Ribeira, portão de entrada da Quinta da Aldeia
Ares da minha Terra
! Ares da minha terra, ah como são
levinhos, frescos! Tal o Seu sorriso para mim.
De tão cansado que da Vida vim
já se remoça o velho Coração.
! Ares da minha terra que me dão
mais que saudade… até”bondade”, sim!
onde com gosto saboreio o pão
olhando os campos verdes nos Seus olhos de cetim.
Ares tão novos sempre, ondeando ao corpo a blusa solta,
dão cor ao rosto d’Ella… e não A olho.
(! Fica tão linda a Sua cabeça revolta!)
A mim me acariciam como um Seu pudico beijo.
! Ares da minha Terra, a secura da Vida molho
e neles bebo ainda um último desejo!
Ponte do Lima
Quarta-feira, 15 de Setembro de 1943
Ares da minha Terra
! Ares da minha terra, ah como são
levinhos, frescos! Tal o Seu sorriso para mim.
De tão cansado que da Vida vim
já se remoça o velho Coração.
! Ares da minha terra que me dão
mais que saudade… até”bondade”, sim!
onde com gosto saboreio o pão
olhando os campos verdes nos Seus olhos de cetim.
Ares tão novos sempre, ondeando ao corpo a blusa solta,
dão cor ao rosto d’Ella… e não A olho.
(! Fica tão linda a Sua cabeça revolta!)
A mim me acariciam como um Seu pudico beijo.
! Ares da minha Terra, a secura da Vida molho
e neles bebo ainda um último desejo!
Ponte do Lima
Quarta-feira, 15 de Setembro de 1943
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Sunday, October 5, 2008
A POESIA DE ANTÓNIO VIEIRA LISBOA
DO LIVRO "CHÃO DE AMOR"
fotografia da quinta do Bom Sucesso e vista da casa da Quinta da Aldeia
A Velha Quinta
Os dois ambinhos temos uma Quinta…
e, nessa Quinta está o nosso Lar.
A Quinta abrange o nosso mundo inteiro
que fica nesse simples só lugar.
E, fome ou sede, quanto a terra sinta,
passa-se em nós, sentimos nós em par.
A terra é o nosso Corpo…mas, primeiro
a ela damos p’ra depois nos dar.
E a casa que essa Quinta tem ao meio
É onde a Alma tem o Seu Altar.
E o mesmo Amor que aos dois ambinhos liga
é o que sustêm a Quinta nossa amiga.
Dos Avós foi…Dos nossos pais nos veio…
Aos nossos filhos vamos nós deixar.
Do Livro “ Chão de Amor
A Velha Quinta
Os dois ambinhos temos uma Quinta…
e, nessa Quinta está o nosso Lar.
A Quinta abrange o nosso mundo inteiro
que fica nesse simples só lugar.
E, fome ou sede, quanto a terra sinta,
passa-se em nós, sentimos nós em par.
A terra é o nosso Corpo…mas, primeiro
a ela damos p’ra depois nos dar.
E a casa que essa Quinta tem ao meio
É onde a Alma tem o Seu Altar.
E o mesmo Amor que aos dois ambinhos liga
é o que sustêm a Quinta nossa amiga.
Dos Avós foi…Dos nossos pais nos veio…
Aos nossos filhos vamos nós deixar.
Do Livro “ Chão de Amor
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Saturday, October 4, 2008
OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA
NEGATIVO
Já nos fomos habituando à falta de iniciativas e obras, capazes de fomentar o desenvolvimento da nossa freguesia, mas o que não se sabia é que a junta se reunia para nada decidir!
Como se verifica, são os próprios que nos dão essa indicação, mais propriamente nas reuniões do dia 31 de Julho e 28 de Setembro.
Já não é de estranhar o atraso a que a freguesia da Ribeira chegou, com uma junta sem ideias e sem dinheiro, não se pode esperar muito mais.
É o que temos!
Mas não deve ser isto que queremos!
Positivo
O espírito com que decorreram as vindimas na freguesia, com os vizinhos e os amigos a entre-ajudarem-se, dando desse modo uma imagem de comunidade fazendo recordar os velhos tempos em que todos se apoiavam para fomentar o desenvolvimento de cada um.
È este o espírito que a freguesia deve procurar cultivar e com uma união de esforços o que parece impossível, torna-se realidade.
Labels: junta de freguesia, obras, politica - ribeira, ribeira