A RIBEIRA NA VOZ DOS POETAS - António Vieira Lisboa 1907-1968
Caminho da Aldeia em Crasto-Ribeira, portão de entrada da Quinta da Aldeia
Ares da minha Terra
! Ares da minha terra, ah como são
levinhos, frescos! Tal o Seu sorriso para mim.
De tão cansado que da Vida vim
já se remoça o velho Coração.
! Ares da minha terra que me dão
mais que saudade… até”bondade”, sim!
onde com gosto saboreio o pão
olhando os campos verdes nos Seus olhos de cetim.
Ares tão novos sempre, ondeando ao corpo a blusa solta,
dão cor ao rosto d’Ella… e não A olho.
(! Fica tão linda a Sua cabeça revolta!)
A mim me acariciam como um Seu pudico beijo.
! Ares da minha Terra, a secura da Vida molho
e neles bebo ainda um último desejo!
Ponte do Lima
Quarta-feira, 15 de Setembro de 1943
Ares da minha Terra
! Ares da minha terra, ah como são
levinhos, frescos! Tal o Seu sorriso para mim.
De tão cansado que da Vida vim
já se remoça o velho Coração.
! Ares da minha terra que me dão
mais que saudade… até”bondade”, sim!
onde com gosto saboreio o pão
olhando os campos verdes nos Seus olhos de cetim.
Ares tão novos sempre, ondeando ao corpo a blusa solta,
dão cor ao rosto d’Ella… e não A olho.
(! Fica tão linda a Sua cabeça revolta!)
A mim me acariciam como um Seu pudico beijo.
! Ares da minha Terra, a secura da Vida molho
e neles bebo ainda um último desejo!
Ponte do Lima
Quarta-feira, 15 de Setembro de 1943
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