A IGREJA PAROQUIAL DE S. JOÃO DA RIBEIRA
“CONSTRUÇÃO DO CAMPANÁRIO E TORREÃO”
A igreja paroquial de S. João da Ribeira, cuja construção foi provavelmente os SEC.XII ou XIII, chegou a ser considerado um dos mais belos exemplares da construção romana da Ribeira-Lima.
As várias obras e sucessivas intervenções a que foi sendo sujeito ao longo do tempo conseguiram descaracteriza-lo, verificando-se hoje apenas alguns vestígios dessa época.
No Sec. XIX deu-se uma das alterações, que mais contribuíram para a imagem actual do templo, dotando a Igreja Paroquial de uma torre sineira, capaz de suportar o velho e centenário sino da freguesia.
Assim, no dia 8 de Junho de 1818, no então Couto da Feitosa, perante o Notário António José Fernandes de Matos, compareceram como outorgantes:
João António Rodrigues, mestre pedreiro, residente no lugar de Aldeia, da Freguesia de Sopo, termo do Concelho de Caminha e a Confraria do subsino da igreja de San João da Ribeira, representada pelo seu Juiz Luís Redondo, de Crasto e os Eleitos António José de Matos, de Paradela; Manuel José Gonçalves, dos Carreiros; José Caetano Rodrigues, de Seixas e Gaspar Esteves, de Crasto.
Pelo mestre pedreiro foi dito que “… tinha justo, contratado e arrematado, na forma do costume, a construção do campanairo e turreão para o sino da dita freguesia, na forma do risco que o Reverendo abade tinha assinado.”
O preço da obra, foi de 200.000 Reis, em dinheiro de metal e o pagamento foi feito em três prestações.
O prazo para a conclusão da referida obra, seria o fim do mês de Outubro, do dito ano de 1818.
Foi fiador deste contrato, o senhor Gaspar Esteves, do dito lugar de Crasto e testemunharam este acto, Manuel da Costa, de Crasto e José de Lima, de Ponte de Lima.
Com esta construção, os fiéis e restantes moradores da freguesia e arredores, passaram a poder ser convidados para os actos religiosos, através do som imponente que soava dos metais do velhinho e centenário sino de S. João da Ribeira.
Bibliografia
Arquivo Distrital de Viana do Castelo
Notários Feitosa, António José de Matos