RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES

Forum de opinião e debate da vida quotidiana da Ribeira

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Location: Ponte de LIma, Viana do Castelo, Portugal

Sunday, March 30, 2008

A IGREJA PAROQUIAL DE S. JOÃO DA RIBEIRA

“CONSTRUÇÃO DO CAMPANÁRIO E TORREÃO”

A igreja paroquial de S. João da Ribeira, cuja construção foi provavelmente os SEC.XII ou XIII, chegou a ser considerado um dos mais belos exemplares da construção romana da Ribeira-Lima.

As várias obras e sucessivas intervenções a que foi sendo sujeito ao longo do tempo conseguiram descaracteriza-lo, verificando-se hoje apenas alguns vestígios dessa época.

No Sec. XIX deu-se uma das alterações, que mais contribuíram para a imagem actual do templo, dotando a Igreja Paroquial de uma torre sineira, capaz de suportar o velho e centenário sino da freguesia.

Assim, no dia 8 de Junho de 1818, no então Couto da Feitosa, perante o Notário António José Fernandes de Matos, compareceram como outorgantes:

João António Rodrigues, mestre pedreiro, residente no lugar de Aldeia, da Freguesia de Sopo, termo do Concelho de Caminha e a Confraria do subsino da igreja de San João da Ribeira, representada pelo seu Juiz Luís Redondo, de Crasto e os Eleitos António José de Matos, de Paradela; Manuel José Gonçalves, dos Carreiros; José Caetano Rodrigues, de Seixas e Gaspar Esteves, de Crasto.

Pelo mestre pedreiro foi dito que “… tinha justo, contratado e arrematado, na forma do costume, a construção do campanairo e turreão para o sino da dita freguesia, na forma do risco que o Reverendo abade tinha assinado.”

O preço da obra, foi de 200.000 Reis, em dinheiro de metal e o pagamento foi feito em três prestações.

O prazo para a conclusão da referida obra, seria o fim do mês de Outubro, do dito ano de 1818.

Foi fiador deste contrato, o senhor Gaspar Esteves, do dito lugar de Crasto e testemunharam este acto, Manuel da Costa, de Crasto e José de Lima, de Ponte de Lima.

Com esta construção, os fiéis e restantes moradores da freguesia e arredores, passaram a poder ser convidados para os actos religiosos, através do som imponente que soava dos metais do velhinho e centenário sino de S. João da Ribeira.

Bibliografia

Arquivo Distrital de Viana do Castelo
Notários Feitosa, António José de Matos

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Saturday, March 29, 2008

TRIBUTO AO POETA ANTÓNIO VIEIRA LISBOA

Um soneto do livro "Mulheres (versos)" de António Vieira Lisboa, publicado em 1942 pela Bertrand.

MULHERES...

A Jaime Brasil

Em tôdas Elas eu amei o Amor...
Em tôdas Elas eu amei só Uma.
E, amando-As tôdas com igual fervor,
eu , finalmente, não amei nenhuma.

Em cada uma, a Outra amei...a Ausente.
Essa que em si a gente idealiza.
A tõdas quis de modo diferente
na vaga aspiração que se humaniza.

E não sei se As deixei se me deixaram...
Só sei que nunca até a mim chegaram.
Sonho que eu tive por pedaços loucos...

Nos olhos d Elas, meigos, eu revia-me
e, a minha Alma entontecida, ia-me
com essa vida que, lhes dava, aos poucos.

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Wednesday, March 26, 2008

ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - Poeta (1908-1968)

igreja de Nª Sª dos Anjos - Lisboa 1908

António da Silva Gouveia Vieira Lisboa, filho de António Augusto Vieira Lisboa, gerente do Banco Ultramarino, natural de Ponte de Lima e de Dª Beatriz da Silva Gouveia Vieira Lisboa, natural de Bolama-Guiné, neto paterno de Alfredo Calixto Vieira Lisboa e de Dª Rosa Carolina Vieira Lisboa e materno de António da Silva Gouveia e de Dª Henriqueta Pereira de Gouveia, foi baptizado no dia 6 de Maio de 1908, na igreja de Nª Sª dos Anjos, na Cidade de Lisboa.

Foram padrinhos de baptismo o senhor António Maria Vieira Lisboa, casado, Conselheiro, juiz da Relação de Lisboa e sua esposa, a Sª Dª Margarida Vieira Lisboa, segundos tios do baptizado.

A cerimónia foi presidida pelo Prior Francisco Mendes Alçada de Paiva, pároco da Freguesia dos Anjos, na Cidade de Lisboa.

A igreja de Nª Sª dos Anjos, foi fundada em 1889 e nesse mesmo ano de 1908, haveria de ser demolida para facilitar a abertura da Avenida Rainha Dª Amélia, actualmente Almirante Reis.

As obras de reconstrução da nova igreja dos Anjos, iniciaram-se no ano de 1910, sendo em boa parte suportadas pela Câmara Municipal, tendo sido concluídas em 1911.

A actual igreja está enquadrada no jardim António Feijó, apresentando um exterior bastante sóbrio, com a típica fachada de frontão triangular, com óculo central, evidenciando-se a influência neoclássica que caracteriza o arquitecto responsável pela sua reconstrução, José Luís Monteiro (1844-1942).

O seu interior é bastante valioso, onde se destaca a rica talha dourada Seiscentista, que foi aproveitada pelo arquitecto, a imagem de Nª Sª da Conceição, da segunda metade do Sec.XX e a tela Quinhentista, com a representação de Stº António.

Como se verifica, a memória de dois poetas limianos juntos no mesmo local; António Feijó, que dá o nome ao Jardim e António Vieira Lisboa, que foi baptizado na igreja que se enquadra no mesmo.

Blogue de jorgesilva : LISBOA ESQUECIDA, Avª Almirante Reis 1930 (1) (Igreja dos Anjos)

Igreja dos Anjos depois de reconstruida



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Monday, March 24, 2008

O SINO DA CAPELA DO S. DA CRUZ DE PEDRA

Decidi reproduzir este artigo publicado pelo Arquitecto André Rocha, que aborda a forma como se resolveu o problema da colocação do sino na capela do senhor da Cruz de Pedra uma vez que esta não possui torre sineira.
O olhar atento e sábio de quem tem formação técnica para tecer as considerações que são feitas. Outras intervenções deveriam ser objecto deste tipo de reparos e consulta prévia.






Esta capela na freguesia de S.João da Ribeira contém um pormenor curioso na forma como se resolveu a questão da inexistência de uma torre sineira. A ideia é interessante embora não tenha sida feliz na sua materialização. O pilar de betão pintado de branco com o dispensável mini-telhado desequilibra a fachada principal assumindo-se ruidosamente como mais um elemento compositivo. Julgo que a proposta deveria ter incidido numa atitude mais discreta, como um elemento claramente moderno, silencioso e sem analogias materiais à edificação original.

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UMA NOTICIA GUARDADA PELO POETA VIEIRA LISBOA

Uma noticia do saudoso Primeiro de Janeiro, que despertou o interesse do poeta António Vieira Lisboa, então com 34 anos de idade, que a guardou no seu arquivo pessoal.
Este recorte do jornal, esteve 66 anos sepultado em arquivos familiares e que agora torno publica, passados que foram 40 anos após a morte do poeta dos " Versos Estranhos".

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Sunday, March 16, 2008

CAMILO CASTELO BRANCO

Camilo Castelo BrancoComemora-se hoje mais um aniversário do nascimento de Camilo Castelo Branco, nascido em 16 de Março de 1825 , em Lisboa e falecido em São Miguel de Seide em 1 de Junho de 1890.

Saturday, March 8, 2008

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA

POSITIVO - A noticia divulgada pelo Jornal Alto Minho, da conclusão do 9º Ano, pelo nosso conterrâneo o Sr. João Cândido Rodrigues, que aos 84 anos de idade mostrou que o saber não é tarefa para jovens. PARABÉNS
NEGATIVO - Outra noticia do mesmo Jornal, onde o Sr. Aníbal Amorim, presidente da Junta de Freguesia da Ribeira, manifestou na Assembleia Municipal, a disponibilidade para " fazer qualquer coisa pelo comércio de Ponte de Lima".
Como é sabido, o lugar de deputado municipal é ocupado por enerencia, em representação da junta de freguesia da Ribeira, mas o Sr. Presidente, parece estar mais preocupado com o Futuro da sua " Loja de Comercio", do que com a população que o elegeu.
Péssima imagem de Autarca.

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Tuesday, March 4, 2008

PARABENS PONTE DE LIMA

Em 4 de Março de 1125, a Rainha D. Teresa outorgou o foral e assim, fizeram Vila o lugar de Ponte.

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Saturday, March 1, 2008

OPINIÃO DA SEMANA QUE PASSA

Esta semana lamenta-se o falecimento do pai do Sr. Adelino Silva, secretário da junta de freguesia.
Á Junta de Freguesia em especial e ao Sr.Adelino e restante família deixo aqui o meu profundo pesar e dirijo-lhe os meus sentimentos de profundo pesar.

Em forma de singela homenagem, quero partilhar um poema de Florbela Espanca, que me parece reflectir o sentimento que todos sentimos nestas circunstancias.

Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E para o som dos teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar…

Poema “ Tarde de mais…”
De, Florbela Espanca

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