VIAS DE COMUNICAÇÃO - AS VIAS ROMANAS NA RIBEIRA
A presença Romana nesta região é por demais evidente, o que atesta a importância que ela representava para aquele povo.
Ainda hoje podemos encontrar vestígios, na nossa freguesia dessas velhas estradas romanas.
Eram vias secundárias, mas nem por isso deixa de ser importante referir esses caminhos velhos, calcorreados pelos nossos antepassados e que contribuíram para o desenvolvimento e progresso desta terra.
Assim, na freguesia da Ribeira, a mais importante dessas vias era a que saindo de Ponte de Lima, junto à capela de S. João, passava por entre os quintais; Podemos ainda hoje encontrar vestígios desse tempo – na propriedade do Conde D´Aurora, existe uma porta virada para o caminho, que remonta a essa época – circundava esta propriedade e passava ao lado da “ Casa Amarela”, junto aos muros da Casa dos da Garrida, seguindo em direcção ao Ribeiro de Serdedelo, sem antes passar ao lado da Casa de Crasto.
O ribeiro era transposto por meio de uma ponte romana, denominada a “ Ponte Velha de Crasto”, de ligeiríssimo cavalete, lajeada à antiga, com guardas apenas do lado montante; Comprimento da parte lajeada, 19,50m, abertura do arco 2,70m, altura do arco 1,30m e largura da ponte 5,10m, foi esta ponte aterrada com a passagem da Via do Foral D. Teresa, nessa altura o Sr. Carlos Lima, proprietário da Quinta em frente, manifestou bastante desagrado, por ter sido destruída essa ponte, seguindo depois em direcção ao largo da Cruz de Pedra, passando pelos Curvais e Regedouro, era formada por calçada e passadouro, na década de 80, este troço, foi aterrado deixando de se poder ver esse passadouro.
Já perto da Cruz de Pedra, juntava-se com outra, que vinha de Vila Verde e passava na ponte dos Alfanados, onde o mesmo Ribeiro de Serdedelo era atravessado por outra ponte, esta com um só arco, com silharia siglada.
Tem de abertura 3,80m, pavimento recto com lajes inteiriças mais largas do que a ponte, de 3,60m, esta ponte sofreu uma “ intervenção desastrosa “ por parte da Junta de Freguesia, podendo no entanto ver-se o arco original.
Da Cruz de Pedra, depois de curvetear por meio dos campos, ia sair à Rocha, junto a um cruzeiro existente e que procurava rememorar o triste fim que teve o jovem “ António José Carvalho, que foi morto com idade de 28 anos, a 14 de febreiro de 1873”, assim se pode ler na inscrição que a mesma possui.
A estrada velha seguia pelo leito da nova e um pouco mais acima, inflectia para a esquerda, passando por meio dos campos.
Passava no lugar da casa nova, junto a uma antiga forja da família Leitão, depois metia pela direita e seguia pelo troço da estrada velha, como ainda hoje é conhecida já no lugar de talharezes, seguindo em direcção à vizinha freguesia da Gemieira.
Bibliografia:
Caminhos Velhos e Pontes de J.R.Araújo
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