RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES
Forum de opinião e debate da vida quotidiana da Ribeira
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Sunday, August 12, 2007
Wednesday, August 8, 2007
" LENDAS E NARRATIVAS " DO AUTO DOS TURCOS DE CRASTO-TURQUIA
O mês de Agosto, para as gentes de Crasto-Ribeira é sinal de festa do senhor da Cruz de Pedra e como tal, de representação do Auto dos Turcos de Crasto-turquia.
Assim foi durante muitos anos e quando não havia representação, como este ano, bem que os festeiros se esforçavam, reforçando o programa da festa, com a contratação de mais uma banda de música, mas nem assim as pessoas ficavam contentes e diziam mesmo, que festa sem Turquia não tinha o mesmo valor!
Os tempos mudaram, o progresso, também pode significar o fim para uma tradição como aquela que se vivia em Crasto por esta altura.
Contudo, nada melhor do que recordar esses tempos, para que não sejam esquecidas as tradições e para que não se apague da memória, o carinho, empenho e dedicação que a festa da Cruz de Pedra merecia dos populares de Crasto-Ribeira.
Assim, gostaria de partilhar algumas peripécias que se viveram nesta terra em anos de representações e que foram sendo cobertas pelo pó do tempo, mas que continuam bem guardadas no baú das memórias dos nossos pais e avós.
Conta-se que neste lugar, viveu em tempos um tal de “ Pilauta”, homem franzino, sempre acompanhado com o seu barrete de campino, verde e vermelho na cabeça, não fosse ele um aficionado da Vaca das Cordas, embora nunca a tivesse conseguido”botar à unha”, pessoa de parcos recursos, mas rico em honestidade e lealdade, coisa que hoje vai sendo cada vez mais raro.
O “Zé Pilauta”, apesar de ser homem para percorrer muita légua de estrada a pé, chegando a Viana ou Famalicão, sofria de uma doença que o afectou em pequeno, o cansaço. Estava sempre cansado, não tivesse ele sido o último almocreve conhecido por estas bandas.
Mesmo assim, “Pilauta”, não deixou de representar na Turquia e segundo dizem, fê-lo de tal forma empenhada, que quando caiu no chão “basado” por um tiro, apesar da insistência dos populares dispostas em atrapalhar-lhe o papel, gritando aos berros de “ levanta-te Pilauta, que vem a camineta”, foi incapaz de lhes dar ouvidos, mantendo-se deitado no chão, como morto.
Mas a insistência era tal, que na simplicidade da sua pessoa, sentiu-se tentado a confirmar se realmente isso era verdade; Levantando ligeiramente a cabeça e franzindo o sobrolho, vendo que tudo não passava de uma partida, ficou de tal modo incomodado, que respondeu ” – Porra, não bendes que estou morto?”
E assim ficou conhecido um turco que de outra forma teria passado despercebido, como o foram muitos outros.
Passados muitos anos, ainda esta peripécia servia de mote para muitas rizadas à volta de umas malgas de verde tinto, na taberna da Zefa do Rei, quando os amigos lhe pediam para contar como tinha sido a história,” quando morreste na Turquia de Crasto”.
Apesar de ter muitos amigos, morreu na simplicidade da sua condição e ao que se sabe, os únicos que verteram uma lágrima pela sua morte, foi o João da mena, os sinos da Ribeira e um ou outro fidalgo das redondezas.
Sunday, August 5, 2007
RIBEIRA À NOSSA MANEIRA
UM DESERTO DE INICIATIVAS;
UM PERIODO DE DESLEIXO!
Como sabemos, no mandato anterior, muitas foram as obras que o Município executou nesta freguesia, com os responsáveis da junta a reclamarem a autoria das mesmas; Mentira!
Ora, não fica bem, as pessoas dizerem que fazem aquilo de que não são capazes, muito menos dizerem que são responsáveis por aquilo onde não tiveram qualquer iniciativa.
O resultado deste tempo de mentira está à vista.
A Câmara Municipal, deixou de investir a sério na Ribeira e as obras não são visíveis, mas as que se vão executando como é o caso das casas de banho do cemitério, só se executam, porque a Câmara as vai pagar.
Muito tem de ser mudado nesta freguesia, os comportamentos são o mais importante e é preciso que todos comecem a por em dúvida certos comportamentos, que em nada contribuem para a dignidade da vida politica e para a verdade que deve merecer o desempenho de cargos públicos.
Não parece estranho que os trabalhos executados para a junta da Ribeira, ou os empregos de favor criados, sejam realizados sempre por elementos da própria junta, membros da Assembleia de freguesia, ou familiares e amigos pertencentes à lista do P.S. da Ribeira?
Quanto ao prometido, está tudo à espera de melhores dias.
Os caminhos, estão como se podem ver, Uma vergonha, a fonte dos Alfanados e outros locais de interesse público da freguesia, já não são acessíveis, tanto é o mato que os cobre, o Lixo amontoa-se ao lado dos contentores, coisas simples como colocar um candeeiro partido no largo da Cruz de pedra, não é para esta junta, que diz não haver modelos iguais disponíveis, mentira, porque ainda esta semana aí foi colocado um novo, igual aos outros por alguém que o tinha partido.
A Ribeira, precisa de olhar e ver outros horizontes, não basta ter uma junta que aprova taxas, mas que não é capaz de ter a coragem de as cobrar, as pessoas talvez não saibam que a J.F. e os membros do P.S. na Assembleia aprovaram taxas de limpeza do cemitério, de serviços administrativos da junta e muitas outras.
Para Quê?
A freguesia está abandonada pela junta;
O desleixo é total, nunca a Ribeira esteve tão abandonada como agora.
Perante este comportamento, nunca esteve tão certo o slogan utilizado pelos elementos do P.S. nas eleições: RIBEIRA Á NOSSA MANEIRA.