RIBEIRA, NOVOS HORIZONTES

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Saturday, December 22, 2007

ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - o poeta que cantou a Mulher e o Lima


RAIO VERDE

A M.A.

I

O Teu olhar, a quem o sente ofusca…

E, crê, não só ofusca como cega.

!Coitado d’Esse que uma vez o busca!

Jamais, em Vida, dêle se desprega.


O teu olhar atrai… Atrai e fere.

E, a luz, que dêle jorra e nos deslumbra,

tanto o Amôr e a Graça nos confere

como p’ra sempre deixa na penumbra.


Atrai…como Perigo p’ro abismo.

E fere…até ao imo o Coração.

È Raio Verde…e pode ser Ocaso.


Triste, por isso, muitas vezes cismo

na sorte d’Esse (e minha?por que não?)

que- distraída-olhaste por acaso.

II

Teus olhos ferem como dois punhais de luz…

luz que nos atravessa o Coração.

O que sugerem de intima emoção

no Verso frouxo já se não traduz.


Dêsde que um dia os olhos nêles puz,

-puz, neste caso, é força de expressão,

o que houve foi magnética atracção

à qual (!nem que quizesse!...)não me opuz.


Desde êsse dia cujo aroma evoco…

desde aí, nunca mais tira-los pude,

num esquecimento bom que em Mal só troco.


E a vê-los ! como o Tempo a gente ilude!...

Assim m’iluminassem com seu foco

a estrada longa desta Vida rude.



VERSOS ESTRANHOS - ANTONIO VIEIRA LISBOA

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